XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telesaúde

Dados do Trabalho


Título

A importância da implantação da telemedicina no ensino médico brasileiro.

Resumo

Introdução: Analisamos que trajetória do ensino médico no Brasil apresenta avanços e desafios, além da integração de novos processos de ensino-serviço no processo da formação. A educação médica é beneficiada pela telemedicina em várias áreas - seja na organização de fluxos de atendimentos em hospitais universitários, gestão, educação, dentre outras - que envolvem a formação discente e o serviço a ser ofertado. Devido à significativa contribuição que a telemedicina trás para o ensino, algumas escolas médicas incorporaram essa modalidade de atendimento nas suas perspectivas pedagógicas, buscando habilidades e competências para estarem de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Medicina, proferida em 2014, que versa sobre a inclusão dos processos de tecnologia ensino-serviço na formação médica. Atualmente, o ensino busca suprir às demandas da população através de novas oportunidades de atendimento, com profissionais capacitados em habilidades e competências de teleatendimento seguro, possibilitando que pacientes em regiões geográficas e situações sociais distintas tenham acesso à saúde e aos cuidados médicos para manutenção e universalização da saúde. A telemedicina se destaca diante da sua pluralidade de benefícios em atendimentos prestados à distância, principalmente após sua regulamentação no Brasil, pela resolução CFM 2.314/2022, como uma forma de serviços médicos através de tecnologias e de comunicação. Objetivo: Avaliar a implantação da Telemedicina dentro do ensino médico. Metodologia: Pesquisa do tipo revisão bibliográfica observacional, transversal e com busca e seleção em base de dados digitais na área da saúde. Resultados: Em 2020 haviam 357 escolas médicas brasileiras registradas. Hoje, há cerca de 389 faculdades com, pelo menos, 18 onde a telemedicina é disciplina obrigatória - aproximadamente 4,62% - sendo que, no restante, a disciplina permanece optativa ou não é oferecida. Já na residência médica, a formação em telemedicina apresenta resultados insuficientes para análise. Conclusão: Diante do crescimento exponencial da telemedicina em vários setores da saúde e nas etapas do cuidado ao paciente, nota-se que as informações sobre a formação médica - como competência a ser alcançada - são escassas. Portanto, necessita-se da implementação do estudo da telemedicina e telessaúde na graduação médica, objetivando uma assistência segura e de qualidade ao paciente, com maior acesso aos meios de atendimento médico.

Área

Tecnologias Digitais para Educação em Saúde

Autores

KAROLINE MARTINS DOS SANTOS, STELLA FERREIRA, RENATA MARTINS MATOS OLIVEIRA, FREDERICO MARQUES SILVEIRA, ISABEL CRISTINA DE FREITAS